O que está errado?

Eis a questão… o que está errado no homem, e como consertá-lo? O erro está baseado na incredulidade. Ela é o mal que contamina uma vida de abundância em fé. Paulo escreveu aos gálatas: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho” (Gálatas 1:6).  Jesus [Mateus 8: 26], disse aos seus discípulos: “Por que vocês têm medo, homens de pouca fé?”. A incredulidade causa medo; o medo mata a fé, e sem fé não podemos agradar a Deus [Hb. 11].

Um homem sem fé é um homem destituído de poder, e que está permanentemente dependente nos momentos de crise e dificuldades diante do mundo. As situações críticas são sempre um termômetro que mede o grau de consciência da maturidade ou infantilidade da fé. Mas o problema da fé é que não há fé suficiente até nos que tem fé. [Mt. 8: 26].

Hoje a fé é um dom marginal conhecido por uns poucos crentes. Ainda assim, em alguns setores do cristianismo, o dom da fé volta a dar algumas luzes, alguns elementos para a reflexão sobre o grande inimigo declarado da fé, os capitalistas e seu apêndice, os meios de comunicação em massa.

O estado de incredulidade é a nova escravidão da época presente. Portanto é necessário mostrar, se confiamos ou não na presença de Jesus em nossa vida.

A fé não é para os que querem, mas para os que recebem como dom. E, o pior nos que querem ter fé é fazer da fé - que é dessemelhante de tudo; igual a qualquer coisa idólatra. Porque a fé é a única forma de paz entre a carne e o espírito. Contudo, se está a nosso alcance viver pela fé, pelo livre arbítrio, está também não viver por ela. Dessa forma devemos alimentar nossa fé como alimentamos nosso corpo repetidamente.

Embora sejamos tentados a saber, como seria ser um deus para não depender de Deus; ser pequeno diante de Deus, e se curvar com fé é um bom começo para endireitar vidas. Porquanto querer ser grande demais na fé é tão desnaturo quanto não ter fé. Para Jesus um grão de mostarda já é uma boa medida para nossa fé [Lc. 17: 6]. Porque quando achamos que somos muito, aí é que não nada somos. A fé desprendida é melhor que qualquer referência.

A fé é o resultado da atividade de uma oração com fé. Portanto, nem sempre o efeito de uma oração é igual à de outra oração. Já que tem oração que louva com base na noção do mundo, enquanto, que, outras, enaltecem o gênio das loucuras de Deus.

Parece um paradoxo achar que a fé é o sentido apurado da incredulidade; mas veja que é pela fé, que, o [ex] incrédulo converte a sua razão de sobrevivência pelo valor da percepção e da contemplação de crer em Deus. O começo dessa atitude é sempre muito amargo, porem seu produto é doce. 

O nosso relacionamento com Deus Pai, Filho e Espírito Santo é individual, assim como é a nossa salvação, que se baseia na fé, no amor e na esperança (I Co 13:13).

Que a Paz de Deus esteja em todos nós!


[por: Luiz Clédio Monteiro]

Mar/2016.

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