Por: Luiz Clédio Monteiro

O rei Frederico Guilherme IV, da Rússia, visitou certa vez uma escola e fez algumas perguntas às crianças. Apontando para a pedra do seu anel, e depois para uma flor que estava em sua lapela e um pássaro que voara próximo à janela, perguntou a que reino da natureza cada um deles pertencia. Os alunos responderam corretamente: mineral, vegetal e animal. Depois então ele perguntou: "A que reino pertenço eu?”
Esta é a especulação soberana que cada homem tem diante de si. A que reino eu quero pertencer? Se ao Reino de Deus, então é preciso tomar uma decisão diante de Jesus, e isso provoca divisões até mesmo no relacionamento familiar.
Todas atitudes, parábolas e milagres de Jesus, desde o batismo até a cruz foi com uma única intenção: anunciar e tornar presente o Reino de Deus.
Nisto Jesus não media esforço, mesmo que para isto, fosse necessário entrar em choque com as concepções dominantes na sociedade. Por isso, Ele disse (Lc. 12:49, 51-53): Eu vim para lançar fogo sobre a terra: e como gostaria que já estivesse aceso! Vocês pensam que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu lhes digo, vim trazer divisão. Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas, e duas contra três. Ficarão divididos: o pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra.
Quando Jesus disse isto, não havia guerras no mundo, mas também não havia paz. O Império Romano forçara o mundo a dobrar-se diante dele, e aqueles povos haviam perdido não só a possibilidade de lutar, mas também a vontade de fazê-lo. Quando Paris se rendeu à fúria germânica (na segunda guerra mundial), quase que sem luta, alguém disse: "Londres perdeu seus prédios, mas Paris perdeu a alma."
A responsabilidade é ainda maior, quando se sabe o que deve ser feito. Do contrário, se nossa alma se torna insensível, não há mais esperanças.
Jesus nunca prometeu facilidades aos que o seguissem. Não afastou de nós nossas provações, nem fez da nossa vida um mar de rosas. Ele falava sobre autonegação e cruz – cruz sangrenta e mortal. Entrar no reino de Deus pode significar tomar decisões difíceis, pode ser uma consagração que atrairá perseguição, mas tem que ser assim. Devo ser batizado com um batismo, e como estou ansioso até que isso se cumpra! (Lc. 12:50).
Este é o lema: É preciso ser pobre de espírito e abandonar todo o orgulho; chorar e lamentar os próprios pecados a ponto de deixá-los; ser manso e render o ego a Deus e seus propósitos; ter fome da Palavra de Deus e dar as costas ao anseio por outras coisas; ser misericordioso e pagar o mal recebido com o bem.
Bem-aventurados os que pagam este preço "porque deles é o reino dos céus".

setembro\2008.
(pesquisa: A Psiquiatria de Deus, Charles L. Allen).

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