Por: Luiz Clédio Monteiro

O nadador confirmou o favoritismo em provas de velocidade, e, aponta para os céus, parece que agradecendo a Deus, pela medalha de ouro.

Esse gesto tem sido rotina ultimamente nas arenas de esporte. Os atletas parecem ter descoberto o poder de Deus. Todos publicamente, estão fazendo gestos de oração, balbuciando expressões de agradecimento a Deus pelos troféus.

Isso de gesticular agradecimento a Deus nos momentos de euforia, já acontecia aqui fora com as pessoas. Só não acontece quando o evento vira rotina, ai sim. Prevalece o ditado popular – “Quem está por cima da carne seca, não se lembra de Deus.” Mas no início, não. Deus é aquele “amigão” que se fez de cego para “certas coisas”, e, “deixou rolar frouxo”, entende? Mesmo porque agradecer, não quer dizer ter fé, uma vez que, fé, é a certeza das coisas que ainda não aconteceram; portanto, complicado quando não se tem.

Assim sendo, enquanto os atletas, ganhadores de medalhas; vencedores de disputas, estão levantando seus troféus. Enquanto os empresários bem sucedidos estão recebendo suas distinções; os políticos suas condecorações;os artistas globais seus aplausos; e, com isso, suspirando a Deus pelo “galho quebrado” em não aplicar Sua justiça, mas “facilitar as coisas.” Verdadeiramente todas essas atitudes de agradecimentos de modo geral, estão se perdendo no vento, no espaço e no tempo.

Deus nunca se fez de cego; não é amigão para deixar correr frouxo; não quebra galho de ninguém para facilitar nada. Detesta merchandising a excitação, e, as paixões populares. Abomina preponderância das facções populares. Condena empresários, políticos hábeis tendentes a captar negócios menos lícitos. Odeia simulação de modéstia, de humildade, de desprendimento, com finalidade demagógica.

Melhor seria, silenciar diante da grandeza de Deus. E, fazer uma confissão de fé, advindo da sua própria experiência. Ultrapassando todo gesto popular que o impede (e os outros também), de chegar ao Deus verdadeiro, com soluço, anseio e choro...

Não, que Deus seja insensível ao ponto de não abençoar o desporto, os empreendimentos, o governo. Não. É que, abençoar, é diferente de condescender.

Deus, ama a verdade, e, onde a verdade estiver, lá estará também à fé. Fé que diz: O Senhor é o meu pastor, embora não tenha a energia da saúde. O Senhor é o meu pastor, mesmo sendo injustiçado; O Senhor é o meu pastor, ainda que ande pelo vale da sombra da morte. O Senhor é o meu pastor, apesar das poucas financias. O Senhor é o meu pastor, porque vejo perdoadas as minhas dívidas, assim como tenho perdoado os meus devedores.

Além de Deus, quem está disposto a se solidarizar com os marginalizados? Eles não têm arena, nem lar, nem púlpito, nem amigos para assistir eles erguerem seus braços para os céus agradecidos pelo que ainda não receberam.

O verdadeiro agradecimento vem antes da vitória, que, em si, é o tempo de testemunho.

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