Por: Luiz Clédio Monteiro

“Não podemos negar a existência de grupos fundamentalistas que, em nome da ciência ou da religião, absolutizam o que é relativo e relativizam o que é absoluto. E, no entanto, um espírito de observação mais cuidadoso sempre nos levará a uma conclusão, esta sim, científica: todos somos convidados a evoluir sob todos os prismas. Quem não evolui se fossiliza.” - Dr. Frei Antônio Moser, Teólogo. Artigo “Quem tem medo de Darwin?” De 12 de fevereiro de 2009.

O ano 2009 marca o bicentenário de Darwin e os 150º ano da teoria darwiniana sobre o evolucionismo. Em 1860, o bispo Samuel Wilberforce ridicularizou as teses evolucionistas em uma sessão em Oxford, e com o mesmo brilho o zoólogo Thomas Henry Huxley defendeu a teoria de Darwin, dando origem assim à controvérsia ate os dias de hoje.

O Reverendíssimo Dr. Lee Rayfield, Bispo de Swindon, UK e antigo biólogo, declarou: “Este bicentenário dá-nos uma oportunidade muito necessária para reunir uma melhor apreciação sobre Charles Darwin, a sua vida e o seu trabalho.” Darwin tinha perdido a sua própria fé na religião cristã, mas ainda apoiava a igreja e não se tornou anti-religioso.

As ultimas notícias do evolucionismo vem de Londres (Patricia Reaney, 2005), novas evidências mostraram que o crânio de 7 milhões de anos descoberto no Chade é o fóssil mais antigo conhecido da família humana. Em 2002, uma equipe liderada por Michel Brunet, da Universidade de Poitiers, na França, havia descoberto o crânio, batizado como "Toumai", se acreditava ser um ancestral dos humanos modernos, embora alguns cientistas alegassem que fosse um fóssil de uma macaca. Os primeiros registros confiáveis de hominídeos, membros da família humana que se distinguem dos chimpanzés e outros macacos, sugerem que eles só apareceram há cerca de 5 milhões de anos.

Paralelo ao evolucionismo tem a Origem da Humanidade descrita pela Bíblia com seus registros mais antigos datados de apenas 4mil anos antes de Cristo (Gn. 1; 2), A narrativa da criação já se sabe que não é um tratado científico, e a meu ver nem poético que contempla o homem como criatura de Deus, mas sim espiritual.

A verdadeira evolução chega dentro do homem, quando ele e sua mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus. A humanidade naquele ponto é chamada a participar, dominar e a transformar as obras de Deus. O homem chegou num ponto em que Deus chamou de “bom... muito bom” (Gn. 1: 31), assim, receberam nome próprio (Adão e Eva).

Ate então os ancestrais de 7 ou 5 milhões de anos mesmo evoluindo em seu aspecto exterior como raças favorecidas na luta pela vida, não importando a data exata, eram seres, sem fala, sem sentimentos, sem organização, procedente de uma natureza da qual não tinha domínio nenhum.
O ritmo de vida do homem mudou quando Deus disponibilizou ao homem o sopro do Espírito da Verdade. O Homem nascera de novo (Jo. 3:3), Deus o havia transformado em sua própria imagem e semelhança, passando a existir espiritualmente; ele já estava evoluído o bastante “em barro” (Gn. 2: 7), ou seja, em físico para receber o fruto da sabedoria - a fé, que dominaria a natureza.

O homem passou a ter descanso, depois de muito caos, desordem e ausência de vida relevante. Com a sabedoria o homem se converteu a Deus e o adorou; obedeceu ao seu projeto de vida e fraternidade, e não decidia mais por si mesmo o que era bem e o que era mal.

Por fim o homem descobriu a razão verdadeira da mulher, sua companheira. E o principal fato que separa os atuais homens semelhantes à imagem de Deus dos seus ancestrais míticos de 7 ou 5 milhões de anos, é a submissão do seu amor pela amada mulher à instituição do casamento.

Como podemos ver se não houvesse o evolucionismo da espécie humana gerada sobre o físico, jamais teríamos chegado ao criacionismo espiritual de Deus qualificando o homem em família para dominar o universo através do caminho do amor em espírito e em verdade. Porque “Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade” (Jo. 4:24).

Quanto à questão da pretensão do homem querer ser como Deus, usurpando o lugar do Deus verdadeiro para tornar-se auto-suficiente; isto é outra historia.

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