Por: Luiz Clédio Monteiro
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Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas (1Jo. 3: 20).

A nossa consciência romanticamente conhecida por coração, é um atributo altamente desenvolvido, mas que se define por uma oposição básica em relação ao nosso proceder, ao nosso estado interior. Mas Deus é maior do que a nossa consciência. Ele conhece o nosso coração.
O nosso coração portanto se embrenha na autoconsciência de julgar moralmente os atos psíquicos ou físicos realizados por nós. De certa forma temos uma grande ajuda com isso, visto que, o coração tem sempre uma noção ideal coberto de cuidado com relação ao dever, senso de responsabilidade, honradez, retidão, proibição...
Mas o que dizer do coração quanto a nossa fé, a nossa confiança, ao nosso estilo de amar, de achar que os nossos projetos vão dar certo. Ao invés disso, vemos uma oposição que condena; cheia de pessimismo que nos derruba, botando para baixo nosso otimismo.
Parece que o nosso coração não conhece a justiça de Deus, que ama o homem sem contudo levar em consideração o merecimento ou não. Nosso coração é arbitrário. Tanto faz a gente ser inocente ou culpado.
Não basta estar preparado, esperando passivamente a manifestação do coração. É preciso arriscar e lançar-se à ação, para que os dons recebidos frutifiquem e cresçam. Essa é a vontade de Deus, que conhece todas as coisas e é maior do que o nosso coração.
A pessoa humana está acima da lei do coração. Portanto não pode aceitar ser julgado e condenado por ele, porque nenhum coração está isento de pecado. O próprio Jesus não veio para julgar, porque então o nosso coração quer a morte do pecador, e não que ele viva?
Quem não ama pratica a injustiça, isto é, está do lado do Diabo e vive no pecado, que é odiar.
É o Espírito, portanto, que gera a fé em Jesus que produz vida nova. Essa vida, porém, não se traduz pela vontade do coração, mas pela prática da vontade espiritual, que não significa apenas sentimento, mas ações concretas que promove a liberdade.
Recebemos a revelação e o conhecimento da vontade de Deus pelo Espírito Dele. Mas o sistema de vida do coração é severo, e mostra que não temos força moral. Nada adianta essa idéia, porque Deus, leva em conta aquilo que o homem pratica, as suas ações concretas sem fazer diferença entre culpado e inocente.
Deus não pede que sejamos perfeitos para depois agir e confiar como quer o nosso coração; pede-nos, sim, que creiamos que Ele é maior do que a nossa consciência e compreende e perdoa todas as nossas imperfeições.

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