“Vistam-se com essa nova natureza que Deus criou de acordo com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, que é correta e dedicada a ele.” (Ef.4.24).
O que não é para sempre não é verdadeiro porque não existe verdade temporária, e o que não é verdadeiro, é efêmero como um sonho que costumamos sonhar em nosso sentido existencial, sentido esse, quem sabe, pode ser um grande sonho ora vivido na mais enganosa das existências porem, de acordo com a verdadeira natureza de Deus mas, que nos diz ser uma única vida a ser vivida e pela qual matamos em legítima defesa, quando ameaçada.
Se a vida é um sonho, qual o sentido de tudo isso?
Porque temos que viver essa vida de sonho?
Porque não vivemos logo de uma vez por todas a verdadeira vida?
A meu ver, tínhamos essa vida antes do pecado original onde por ingenuidade mostramos incapacidade de vivermos a verdadeira vida correta e dedicada na presença do Senhor, e que por misericórdia, através de Cristo e sua oblação na cruz, fomos vestidos com essa nova natureza, uma vida de ensinamentos básicos na qual somos aprendizes da arte de amar e amar é relacionar e na ciência dos relacionamentos, somos responsáveis pelo que aprendemos e ensinamos, não como um fim em si mesmo, mas para que possamos nos relacionar melhor no verdadeiro sentido existencial de Deus e esse relacionamento é entender a nova vida em Cristo e entender é ser verdadeiro e ser verdadeiro é ser eterno.
Aprender a amar para entender a nova vida em Cristo que nos levará a presença do Senhor é a meta da nossa vida (sonho) nesse mundo transitório.
Nesse confronto vamos aprendendo que no bem existe o mau e também que no mau, existe o bem e que ninguém portanto é bom por ser bom e nem mau por ser mau; é apenas o papel dos coadjuvantes em nosso sonho, servindo de peças fundamentais para que na convivência, as pessoas possam ser capazes de iniciar relacionamentos, desenvolvê-los e mantê-los construtivamente, empregando-os como ilustração do relacionamento de amor que Deus oferece em seus ambientes de família, trabalho e escola.
Esse mesmo coadjuvante que em nosso sonho as vezes tem sido uma pessoal terrivelmente mau, não necessariamente ele possa vim a ser a mesma pessoa terrivelmente mau no sonho de alguém, muito antes, pelo contrario, não existe nenhuma pessoa que consiga reproduzir a mesma forma de relacionamento, com exatidão, com pessoas diferentes.
Neste caso, somos também nos sonhos dos outros, verdadeiros coadjuvantes de índole pecaminosa para uns ou bondosa para alguns que através deste comportamento trazem àquelas vidas (sonhos), lições ou oportunidades em que possam operar o amor que induz ao entendimento da verdade que está em Cristo Jesus e com isso, renovados, abandonam a antiga maneira de viver, convertendo-se dos vícios e de tudo que é indecente.
E o alvo final desses relacionamentos é esclarecer que a natureza dos laços que nos unem uns aos outros como seres humanos é a mesma dos laços que nos unem a Deus. Por isso nunca julgue uma criatura pelo que ela se apresenta no momento mas sim, pelo que ela representa em sua vida pois, todos nós somos membro de um só corpo que no presente estágio, vive um sonho primário de relacionamento mútuo com finalidade de santificar toda nossa natureza sem exceção. É como numa casa onde temos depósitos que guardam as mais preciosas jóias da família e outros que guardam os nossos alimentos porem, tem alguns que servem para receber os detritos fecais e nem por isso é menos importante, muito pelo contrário, tem presença garantida em nossa intimidade e que os outros não tem e portanto, eles são mais difíceis de serem substituídos em relação aos que exercem uma função mais privilegiada.
“Devemos suportar uns aos outros por meio da paz, porque há uma só esperança, uma só fé, um só batismo (que prova a fé), pelo qual, Deus nosso Pai, que é um só, e age por meio de todos nós, e está em todos nós, nos chamou.
Cada um de nós receba o Dom especial de acordo com o que Cristo deu.” (Ef.4.2-7).
E para firmar nossa esperança de que após esse sonho tem uma vida verdadeira, a prova está na ressurreição de Cristo e se ele ressuscitou, nós também ressuscitaremos para a verdadeira vida a vida eterna.
Pela fé cremos que Deus ressuscitou Cristo e ressuscitará a nós também e quem não tiver essa fé, ficará eternamente no sonho da ilusão que é o pecado mortal. (Co.15.12-16)
Paul Holdcraft disse: "A vida não é a vela nem o pavio; ela é a chama".

**********Por: Luiz Cledio Monteiro Filho 01./maio/2000**********

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