MOMENTOS INESQUECÍVEIS
Os momentos
inesquecíveis, são memorias de ocasiões, que não queremos esquecer por terem
sido bons demais. Entretanto, há momento respeitavelmente difícil, que não deveria,
mas ficou inesquecível por ter tido livramento.
Enquanto sofremos,
desejando esquecer a qualquer preço, os momentos inesquecíveis, que nos traz
lembranças ruins; os alegres momentos inesquecíveis nos faz carregar o peso da
saudade nos ombro. “Momentos inesquecíveis ficam guardados para sempre na nossa memória,
sejam eles bons, ruins, tristes ou alegres” [Itanatiana].
Para que
serve um pai? O meu foi para deixar muitos momentos inesquecíveis. Para manter
o sustento da casa, Ele viajava a pé pelas estradas empoeiradas dos lugarejos,
comprando couro de animais: onça, cobra, jacaré, bode, boi e outros; e, como eu
insistia em acompanha-lo nas jornadas, ele comprou uma bicicleta para mim. Uma
Góliver vermelha. Que momento enigmática, o da nossa primeira bicicleta. Creio que
é equivalente ao primeiro sutiã para as meninas.
Vem do meu
pai outro momento inesquecível – o da primeira mesada. Nossa, me lembro como se
fosse hoje, ele me dando uma nota cor de abobora de dois [não sei o que], por
eu ter ido ao catecismo sem reclamar. A alegria inesquecível se completou
quando comprei dois ingressos para levar minha querida Auristela ao vesperal.
Não consigo
esquecer os inesquecíveis momentos, em que meu pai nadava lado a lado comigo
nas águas do rio Itapecuru. Ou quando eu assistia ele jogar gamão com seus amigos.
Como era bom e inesquecível está em sua companhia. Até a surra que levei dele
no dia em que me embriaguei [pela primeira vez], tomando cachaça com Waldick
Soriano, no bar do lado de casa, foi para mim, um momento inesquecível dos mais
estimados. Porque o SENHOR, Criador do céu e da terra, declarou que os pais
devem criar os filhos na doutrina e na repreensão – Criem os filhos,
educando-os e corrigindo-os como quer o Senhor. (Ef 6: 4).
Meu pai não me
ensinou a jogar bola. Ele gostava era de trabalhar; e, me fez aprender a gostar
também. Foram inesquecíveis os momentos em que eu e ele, frente a frente, prestávamos
conta do que ele me devia dos fornecimentos de ovos que ele comprava para usar
na sua padaria, advindo da minha criação de galinhas. Pai e filho, negócios a
parte.
Sobre aqueles
momentos inesquecíveis que a gente gostaria que não tivesse acontecido, mas que
não esquecemos por ter havido livramento, tem um, que passei com meu pai, quando
Sarney era candidato a governador. Papai era seu fiscal; e, estava numa seção
eleitoral instalada nos confins do interior de Codó. Em pleno exercício da atividade
foi constatado fraude; e, quando meu pai impugnou os votos que eram todos do
adversário, surgiu um homem com um facão vindo em minha direção. Fiquei petrificado,
mas meu pai me puxou pelo braço e não contou história, corremos sem olhar para
traz embreando-nos no matagal. Ali escondido, com meu pai herói, senti-me
totalmente protegido contra o agressor. Deus nos deu a vitória, mesmo quando
nos fizeram descer do “Pau de Arara” e terminamos a viagem [ainda de ida] a pé.
Nosso Deus nos
protegeu durante a viagem e nos livrou de inimigos e assaltantes. [Esdra. 8:
31].
Agora em matéria
de momentos inesquecíveis recheado de amor e cumplicidade, não teve melhor, do que
o vivido com minha mãe. Era tarde de domingo, todos da casa haviam ido à missa;
só ficou eu e mamãe em casa; ela grelhava bife de fígado para o jantar; e,
enquanto conversávamos animadamente, íamos degustando os bifes com arroz branco
quentinho.
Quando demos conta, havíamos comido todo os bifes do jantar. Ela teve
que inventar uma história para o povo se conformar em jantar café com pão,
enquanto a gente ria do nosso segredo. Que momento...
É claro que
houve muitos outros momentos inesquecíveis na minha vida. Daria um livro de cem
páginas. Mas fico por aqui e agradeço ao meu Senhor Jesus pelas intercessões
junto ao Pai nosso que está no Céu. Jesus realizou ainda muitas outras maravilhas... [por nós] acredito eu que nem
mesmo o mundo inteiro seria capaz de conter os livros que se escreveriam. [Jo.
21: 25]
[Por: Luiz
Clédio Monteiro – set/2017].
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