Vamos pescar?
[Mt. 4,19] “Eu vos farei pescadores de homens”
Eu adorava pescar no rio Itapecurú [Codó]. Não rejeitava uma
pescaria. A sensação de pescar um peixe é indescritível principalmente quando é
de anzol, que requer extrema paciência em esperar que o nosso peixe venha comer
a iscar para enfim ser visgado. Isto denota horas de espera com paciência, e às
vezes não dar em nada. Por isso é que quando conseguimos pegar um, a alegria é
grande. O certo é que para termos bom êxito numa pecaria, precisamos saber o
tipo de peixe que vamos pescar e usar o anzol e a isca adequada para ele.
Como os peixes, assim são os homens. Há diferentes tipos.
Para cada um você precisa de uma estratégia diferente, de uma abordagem diferente.
É preciso expertise com os peixes, assim também com os
homens. Para pescá-los é preciso envolvimento pessoal na escolha do método,
influência em envolver pessoas no serviço, e esforço na continuação.
Para alguns, pescar pode parecer um esporte, mas para o pescador
profissional é um estilo de vida. Assim é com o evangelho, um pouco o pratica
nas horas vagas como se fora um esporte; outros, entretanto se apresentam como
verdadeiros representantes, que em paixão por Cristo entendem que a
evangelização é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável, que requer
investimento de vida por visão de que o homem sem Cristo está perdido.
Quando pescamos por profissão estamos disponibilizando peixes
no mercado como alimento imprescindível para o homem; da mesma forma, no
evangelismo imperativo, cremos que o homem precisa de forma indispensável
conhecer [e admitir] os preceitos espirituais onde profere que Deus tem um
plano maravilhoso, abundante e significativo para a sua vida [Jr. 31,3]; mas,
que em virtude do pecado [não confessado], se encontra separado espiritualmente
deste plano [Rm. 6,23].
O peixe pescado é levado ao distribuidor; que passa por um
processo de beneficiamento a fim de que esteja hábito para venda. O homem uma
vez conhecendo sua real condição natural, precisa passar por um processo de
conversão sobrenatural. Nisto conhecerá o único aprovisionamento de Deus: Jesus
Cristo o Seu Filho. Para em seguida poder ser comprado e levado por Jesus [Jo.
14,6].
O preço do peixe fresco, e tratado não é barato, mas também
não é tão absurdo que não se possa comprar. Contudo, o preço do homem que creu
em Cristo e O recebeu é absolutamente caro, caríssimo. Todo o ouro e a prata do
mundo, não cobririam o custo, não. Foi preciso o próprio sangue, todo sangue, de
Cristo derramado numa cruz para isso [Jo. 19,30].
O peixe preparado e ornamentado pelo coque esta à mesa,
pronto para ser saboreado com alegria por aquele que o comprou. O homem que se
deixou comprar [pela fé] por Cristo foi levado, adornado ao trono de Deus o Pai,
que o recebeu como filho em meio a uma grande euforia [Jo. 1,12].
O peixe consumido, não é mais o
mesmo peixe, agora é parte da energia que gera vida. O homem envolvido por
Cristo não é mais aquele homem natural, experimenta um novo nascimento imprevisível
e invisível como filho de Deus, só percebido nas boas obras [Jo. 3,1-8].
[Por: Luiz Clédio Monteiro Filho]
Maio/2013
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