O fascínio de uma sociedade.
 
[1 Co. 12: 1-18] Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve [v.18].
 
É fascinante ver um monte de indivíduos que embora não tendo a mesma nacionalidade, naturalidade, paternidade, sexo, profissão, dons, talentos, aforismos, significado, sorte, aspiração e outras divergências mais; se entenderem no que fazem sem que tenham inveja, vangloria, timidez, preguiça ou ambição no meio deles.
 
É fascinante, a constituição dessa nova sociedade, pois toda essa diversidade tem um único significado: a prova de que o Senhor da sociedade não faz acepção de pessoas no julgamento: escuta de maneira igual o pequeno e o grande. E alerta: “Não tenham medo de ninguém, porque a sentença vem de Deus. Se a causa for muito difícil para vocês, tragam para mim, e eu a resolverei” [Dt. 1: 17].
 
É fascinante porque, são comuns em nosso meio, as sociedades se constituírem a partir da afinidade, da analogia, do interesse comum dos membros, e nunca da diversidade dos méritos, pois isso seria o fim do escopo e do alvo da associação, que, são criadas justamente para apoiar, ratificar e defender seu ponto de vista ordinário, sua única necessidade; e, galgar a todo custo às garantias que as farão sobreviverem.
 
É fascinante essa nova sociedade, visto que, ainda que todos considerem o próximo seu superior, não existe, entretanto, uma função maior ou mais privilegiada que a outra; o que não assistimos nas sociedades jurídicas onde há presidente e subalternos.
 
Nesta fascinante sociedade nova, as diferenças não foram acatadas por acaso; elas são essenciais, pois enquanto um pode ver, o outro sabe escuta. Na diversidade alguém pode não saber ver ou escutar, mas pode muito bem falar. Outro sabe sentir, notar embora não possa ver ou ouvir e falar. Mais um que usa os braços para abranger a causa é seguido de perto com os que têm fortes pernas para andar, enquanto dispõe dos que ajudam a tirar as coisas sórdidas do meio do grupo. Enfim são pessoas enfáticas apesar das restrições. Há os que carregam pesados fardos nos ombros, enquanto uns pulsam no coração o melhor sentido de servir espontaneamente. De forma que os mais dotados não podem servir sem a ajuda preciosa dos menos dotados.
 
Os excepcionais, doentes, fracos, surdos, mudos, cegos, enfermos, embora permaneçam assim, são respeitados e poupados, porque é melhor, que se mortos estivessem, pois dessa forma exaltam fé, esperança, confiança e o amor no meio da sociedade.
 
É fascinante essa forma alternativa de sociedade. Um único Espírito está em todos [nós], coordenando, harmonizado com igual cuidado não por simpatia, mas por imparcialidade na membresia.  
 
O fascínio maior é que esta sociedade orgânica, não está em um único lado da moeda [cara ou coroa], mas em ambos, visto que o amor é o dom supremo sacrifical atribuído por Jesus Cristo, o Mestre e criador dessa nova sociedade universal.
 
[por: Luiz Clédio Monteiro Filho]  

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