Vá, não. Vamos!
[Jo.
21: 3a] Simão Pedro disse: “Eu vou pescar”. “Eles disseram: ‘Nós também vamos”.
Disse o
amante a sua amada – “amor, vá pra casa agora.” Ela foi, e enquanto ia,
refletia sobre essa pequena e dura palavra, “vá”. Pensava ela, “vá” é uma dura
palavra, vazia e solitária; e, sempre que se usa para alguém, esse alguém
padece ao obedecer.
O “vá”
deveria ser suprido definitivamente pelo “vamos.” Sim, “vamos”, é uma palavra
linda, alegre, tem gosto de festa e, além disso, é comunitária. “Vamos” exprime
união dos que vão; “vamos” ao contrário de “vá” não estimula o isolamento. O
“vamos” é um êxodo donde todos seguem juntos para o mesmo lugar. “Vamos” é a
configuração básica para se está junto.
Enquanto o
“vá” é uma sugestão de quem manda para não ir; o “vamos” é a definição de quem
quer ir para não ficar. “Vamos” é fazermos juntos o que os outros preferem mandar
fazer. “Vamos” é a força da união que venceu a separação do “vá”.
Enquanto o
“vá” aprofunda a separação, o “vamos” é o jeito certa para fortalecer a
comunhão. No ir do “vamos” a transparência do amor flui; agora o “vá” do vai,
revela a angústia do que foi e a vontade de separar do que mandou. “Vamos” tem
um ar de liberdade e afeição que precisamos para ir; já o “vá” impede um de ir
e o outro de ficar. A confusão do “vá” está na complicação daquele que não
queria ir, mas foi; e, na solidão do que não foi com o que foi.
Que força
encontrará para dizer que vá, quando o amor diz vamos ficar? “Vá” é a chave de
um conflito não resolvido; e, que somente no “vamos” podemos encontrar a saída.
O que fazer
para se desculpar daquela que você disse, “vá”, senão pelo “vamos” dizendo com
amor para praticar o amor? O “vá” não incide em unir e separa um do outro, mas
quando se diz, “vamos” ambos se tornam resignados para ficarem juntos.
No “vamos”
não inclui os que discordam, mas o “vá” determina mandar para longe, os que
perto não é para ficar.
Deixe o
“vamos” guiar sua vida relacional enquanto usa o “vá” para libertar os que
querem ir para longe de ti. Apoie-se no “vamos” pela manutenção da verdade,
enquanto usa o “vá” para separar o tumulto.
Duas armas eu
conheço: a humana do “vá” e, a espiritual do “vamos.” E, quanto mais
compreendemos o amor do “vamos,” mais impaciência se tem com a dor do “vá”.
Ser
intolerante com o “vá” evita a falta que um pode fazer do outro, pois é na
paciência com o “vamos” que conseguimos dar uma chance ao amor. Porque só a razão do “vamos” pode baixar a
agonia do “vá”.
Em fim Deus
quer que choremos a desgosto do “vá” e celebremos o amor do “vamos”.
Luiz Clédio
Monteiro
Fundador da Rede
Social Cristã
Blog [Doutrina
Cristã]: www.cledio.blogspot.com
E-mail: Lcmf56@hotmail.com
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