O tempo do julgamento está próximo. E nada adianta ter fé teórica, pois o julgamento se baseará nas opções e atitudes concretas que cada um assume. As autoridades com a falsa segurança de suas observâncias religiosas, e os governantes, com suas intrigas políticas para conservar o poder, pertencem à velha estrutura que vai ser superada pelo Reino (Mt. 3:1-12).
Esse é o programa que Jesus apresenta: cumprir a justiça, isto é, realizar plenamente a vontade de Deus e seu projeto salvador (v. 13-17).
Como tudo na vida, o projeto de Deus em nossa vida será posto a prova. Nele somos tentados a falsificar a missão, realizando outras atividades que só buscam satisfazer às necessidades imediatas, ganhar prestígio e ambicionar o poder e as riquezas. Jesus, porém, resistiu a essas tentações. Sejamos como Jesus - Seu projeto de justiça transformou as estruturas segundo a vontade de Deus. Nunca, pois Deus o seu próprio serviço ou interesse e não absolutizou coisas que gerasse opressão e exploração sobre os homens, nem criou ídolos em nossas vidas (Mt. 4:1-11).
Não percamos a esperança, devemos continuar lutando para mudar o velho caráter, pois a libertação se inicia justamente na hora a qual menos se espera (v. 12-25). Enquanto dirigimos nossos esforços (ensinar, pregar em ação de cura), aos mais pobres, necessitados e marginalizados (v. 23-25).
O Sermão da Montanha é um resumo desse ensinamento que Jesus deixou a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz pela vontade de Deus, que leva à libertação do homem. (Mt. 5:7): Os pobres e oprimidos precisam saber das bem-aventuranças - é o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, enquanto a esmola sem a palavra apenas traz o conformismo ou a alienação. As bem-aventuranças - anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo dos marginalizados à justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime (v.1-12).
Devemos falar aos pobres de espírito por que esses buscam a justiça do Reino. Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita. Esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade. E o nosso dever como seguidores de Jesus, é está unido com todos aqueles que anseiam por esse novo mundo. Não se comprometer com isso é deixar de ser discípulo do Reino. Através do testemunho visível dos discípulos é que os homens podem descobrir a presença e a ação do Deus invisível (v. 13-16).

(Luiz Clédio)
Maio/2007

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