Óbvio é um adjetivo que traduzindo: é o que ocorre; o que está diante; o evidente; o intuitivo; o fácil de compreender. Em fim: ululante. Ululante! Parece ter algo com lula. Mas não se trata de algo “enlulado”, mas algo que diz está: claríssimo, gritante, insofismável.

O óbvio apesar da sua obviedade claríssima, só é de fato insofismável, quando alguém já o analisou e o desvendou em sua essência ululante. Até então a coisa toda é recôndita e está longe de ser evidente. Fazer o óbvio demanda muito diagnóstico. É necessário encontrar os pontos essenciais e planejar com muita clareza.

Para isto é preciso pensamento assaz. Certo professor (Zueblin), dizia que pensar é o trabalho mais árduo que as pessoas têm de fazer. “E elas (as pessoas), não gostam de pensar nem um pouco mais do que o necessário.” “Quantos de nós temos sensibilidade bastante para identificar e fazer o óbvio?” Do contrário às pessoas, terminam procurando o caminho mais fácil – os velhos e conhecidos atalhos que mais parece tretas do que soluções paliativas.

No Edifício da GM, em Daytona, tem uma placa com os seguintes dizeres: “Este problema, depois de resolvido, será simples”, ou seja, tudo depois de resolvido torna-se óbvio.

Vejamos um exemplo de um óbvio pesquisado: todo santo dia o sol nasce, se levanta, dá sua volta pelo céu, e se põe. Sabemos hoje muito bem que isto não é verdade. Mas foi preciso muita astúcia e pensamento para mostrar que a aurora e o crepúsculo era algo recôndito de Deus. Não é assim? Gerações de sábios passaram por sacrifícios. Demonstrar que a coisa não era como parecia, além de muito difícil, foi penoso, todos sabemos. (tirado de Darcy Ribeiro)

Todos os relacionamentos duradouros acabam demonstrando a razão do seu acontecimento: fizeram o óbvio. Mas não aquele óbvio que salta aos olhos no primeiro tempo e que freqüentemente depois é desprezado posteriormente, fazendo do inexprimível de hoje, o inexpressivo óbvio de amanhã; razão do malogro de quem não sustenta suficientemente o que cativa. Chegar a uma conclusão clara, e agir sempre de acordo com ela, é a receita de anos de relacionamentos inseparáveis.

Alguém pode está dizendo que viver apenas o óbvio de um relacionamento não é algo que possa trazer “muitas emoções”, entretanto fazer menos do que isto, ou deixar de fazê-lo é sempre um caminha sem volta.

Às vezes por querermos ser mais do que podemos, tentamos nos destacar e acabamos por não fazer o óbvio, na falta de atenção suficiente no que é óbvio.
Seu casamento, sua vida em família é a coisa mais óbvia da sua vida. Cuidado para não torna-la inexpressiva o que um dia foi inexprimível aos seus olhos. Não busque impressionar fazendo as coisas pelo lado mais complicado o importante é fazer da maneira mais simples. A experiência da vida é valiosa - mas pode intimidar, dificultar, complicar e afastar-nos do óbvio. É preciso pensar de forma simples, nova, original e corajosa para simplificar qualquer coisa. E não esqueça - “Este problema, quando for resolvido, será simples”.
Um jeito óbvio de simplificar um problema no relacionamento é começar novamente. Vá ao cerne do problema. Pergunte a si mesmo: “O que eu estou tentando fazer? E por quê?”.
Um dos nossos maiores problemas, hoje em dia, é termos muitos métodos e práticas, muita maquinaria complicada, muitas ferramentas, muitos costumes e tradições profundamente arraigados. Pensamos e planejamos nossas bases, construindo por cima de uma fundação enrijecida de experiências e hábitos acumulados através de anos. Ao invés disto, deveríamos começar do zero, como se, a cada manhã, acordássemos num mundo novo, onde nenhuns dos problemas da vida e dos negócios, das artes e das ciências, tivessem sido jamais resolvidos. Nada abre mais a mente para um caminho novo do que fazer esta corajosa consideração óbvia.
Procure o óbvio com o qual ainda ninguém se importou. Existem, literalmente, milhares de idéias óbvias na vida em família, que até aqui “ninguém se importou em examinar”. São tão ”lugar-comum”, que ninguém as percebe. Em quase tudo que fazemos em casa existe oportunidade para aperfeiçoamento - muitas vezes tão óbvios que deveríamos ter vergonha de nossa cegueira.
Benjamin Franklin, incomodado por ter de usar dois pares de óculos - um para perto e outro para longe -, desenvolveu as lentes bifocais, uma benção para toda a humanidade. Nada poderia ser mais óbvio. Esse caso sugere que a melhor técnica para descobrir o óbvio é dar uma olhada bifocal em tudo o que usamos, fazemos e precisamos. Examinar de perto para ver se um detalhe pode ser melhorado; olhar de longe para ver se não há uma forma diferente para atingir o mesmo fim. Uma forma que seja mais simples, mais eficiente e mais econômica.
Sua vida em família está cheia de desejos, vontades e necessidades não expressas, esperando que o óbvio seja feito para resolver grandes e pequenos problemas diários. Nosso cônjuge é o nosso amor óbvio: claríssimo, gritante, insofismável!

Luiz Clédio Monteiro Filho
São Luis – MA
(Compilado e Adaptado de ADAMS ÓBVIO Por Robert R. Updegraff)

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