Em Busca das Melhores Práticas Espirituais

Uma das maiores dificuldades na história do gênero humano é aprender confiar em Deus. De um lado, o desprezo através da afronta do ateísmo ou da filosofia; enquanto que, do outro, temos o exagero da síndrome do entusiasmo religioso desordenado. Nenhuma das duas é posição saudável.

A Bíblia não pode ser entendida apenas intelectualmente, é necessária uma experiência de vida fidedigna de seu fruto. Entretanto, a maioria das pessoas parece contentar-se em aprendê-la apenas através da Teologia não se aprofundando nas verdades eternas para assim poder aplicar em sua vida como uma ferramenta eficaz e não como seita.

Os cristãos são chamados a viver de acordo com Jesus Cristo, isto é, deixando-se guiar pelo Espírito de Cristo, vivendo o amor e as condições em que nasce e se desenvolve na fé, mansidão e domínio próprio; nos sinais da presença do amor: alegria e paz; e nas manifestações ativas do amor: paciência, bondade e benignidade. (Gl 5:22-23).

Mas ao apostilar o passo da vida cristã intelectualmente, leva a pessoa a projetar um idealismo ético segundo os instintos egoísta, que o leva a servir a si mesmo. A vida cristã é um chamado para a liberdade. Esta, porém, não deve ser confundida com libertinagem, que é buscar e colocar tudo a serviço de si mesmo. A verdadeira liberdade leva o homem a crescer no amor e no dom de se colocar a serviço dos outros (Mc 12:31).

Veja como fica o fruto do Espírito nas questões pessoais quando aplicado com entendimento intelectual:

Amor - As pessoas estão sempre buscando ajudar aos outros, porém não de uma forma totalmente altruística, mas também para receber como troca o amor das pessoas. Constroem suas relações de uma forma em que se tornem indispensáveis, e se orgulham disso. Se evoluída corretamente, desenvolve a capacidade de dar amor de uma forma genuína.

Fé – As pessoas preocupam-se sempre em fazer o correto, renunciam as suas fraquezas bruscamente. Tornam-se crítica consigo mesma e com os outro, gerando ressentimento e ódio. Chegam a serem fieis apenas para dar satisfação ao outros. Na vida são reprimidas e infelizes. Entretanto em Cristo são capazes de realizar um trabalho bem-feito.

Mansidão – Por não serem questionadores, sentem-se usualmente ameaçados; suspeitam das motivações dos outros e buscam pistas que comprovem a sensação de medo. Paralisam-se em situações de conflito. Por outro lado, surpreendem e enfrentam o medo de forma dócil. Em qualquer caso, o mundo sempre será um local temível, o que o faz desenvolver a capacidade de identificar as intenções ocultas.

Domínio próprio – Sempre em busca da privacidade e do não envolvimento. Supervalorizam o autocontrole em busca das chaves de funcionamento do mundo. Em sua luta pela necessidade de controle, armazena conhecimento e busca formas de explicar as emoções. Sua postura distanciada pode produzir análises mentalmente claras e confiáveis.

Alegria – Geralmente alegres e radiantes, a vida deve ser antes de tudo prazerosa. Refugiam-se, contudo, no prazer mental, evitando a dor e o sofrimento. Temendo a limitação da solidão, tentam escapar mantendo múltiplas amizades. Sua forma de prestar atenção às coisas ao seu redor, pode levá-los a sintetizar conexões criativas e inovadoras.

Paz - Preocupados com a justiça e o poder, combatem pela defesa de si mesmo e dos seus protegidos. Percebem as situações de formas extremas; "oito ou oitenta", tendendo ser combativo. Desejam previsibilidade e controle (ausência de culpa) em suas vidas, porém, tendo-o alcançado, rapidamente tornam-se entediados e buscam novos desafios para amparar. Evoluídos podem demonstrar líderes capazes de utilizar sua energia extra com sabedoria.

Paciência - Focalizam sua atenção na resignação, sentindo-se frustrados quando o resultado está ao alcance. Possuem, por isso, um forte sentimento de abandono e perda. Evitam o comum e o ordinário, o ideal nunca é o aqui e o agora. São trágicos, sensitivos, artísticos. Por outro lado, podem desenvolver uma profunda sensibilidade, emotividade e uma grande capacidade de auxiliar aos outros.

Bondade - Buscam ser admirado e amado pelas suas realizações. Confundem o seu "Eu real" com seu papel de bom diante do mundo. Torna-se aquilo que faz. Obcecado pela imagem, acabam reprimindo os próprios sentimentos e mimetizam a forma mais apropriada para exaltar seu desempenho em cada situação. Numa manifestação positiva, poderia produzir uma liderança eficiente.

Benignidade - Amáveis e agradáveis, levam a fama de serem "gente boa". Estão sempre dispostos a prestar um auxílio aos outros, desviando-se, contudo, de seus desejos e metas pessoais. Por outro lado, podem ser excelentes diplomatas, conselheiros, negociadores e uma ótima companhia para um bom papo. Na verdade era apenas para desejar ao outro aquilo de bom que não está ao seu alcance.

Cristo nos libertou, mas podemos nos tornar escravos outra vez. Precisamos permanecer vigilantes, a fim de mantermos a liberdade e nela crescer. O cristão é aquele que, pela fé, acolhe a ação do Espírito e a comunica através do amor; e é do Espírito que ele recebe as atitudes e características do fruto necessário a uma vida nova cheia de alegria, de paz, de paciência, de bondade, de benignidade, de mansidão e de domínio próprio. Devemos permitir que o Espírito trabalhe em nós, levando-nos ao poder sobrenatural de uma vida abundante (At 4:31). Estamos disponíveis a sermos cheios? Digamos em oração: "Senhor, sou um vaso novo, enche-me da tua graça até transbordar". Permaneçamos debaixo das maravilhosas correntes do Espírito Santo.


Luiz Clédio Monteiro Filho
São Luis – MA.

Fonte: Bíblia Ed. Pastoral;
Pesquisa: Eneagrama psíquico - carreira e sucesso ed.311.

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