Por: Luiz Clédio Monteiro

O batismo que tem um significado espiritual de compromisso de boa consciência perante Jesus e representa a salvação do cristão (1Pe. 3:21), no sentido figurado, o batismo é muito mencionado na “vida” do carro.

Assim como na vida dos homens (embora aconteça uma só vez), no carro o batismo advêm em varias ocasiões e aparece pela primeira vez na confirmação da escolha do nome. O nome do carro é importante na estratégia comercial. As montadoras estudam minuciosamente os nomes antes de batizar o novo carro, da mesma forma quando a família reflete pra cá, pondera pra lá, na escolha do nome dos bebes.

Daí pra frente o batismo se reproduz na perambulação do carro. Ao abastecer por exemplo, o carro corre o risco de ser “batizado” com combustível adulterado; se o batismo do nome foi algo especial, este no entanto é uma maldição que pode causar no carro, avaria no motor. Um novo batismo está ocorrendo no Brasil, e, a situação desprotege o consumidor: As montadoras acharam conveniente batizar o modelo do carro novo com o nome do ano seguinte. Você já pensou na confusão, no futuro?

Se já decorreu na odisséia do carro, o peculiar batizado da marca, o anátema do abastecimento batizado e o batizado intricado da mudança de ano, têm ainda o mais curioso dos batizados, tem o folclórico, o bizarro, o mais parecido com os dos cristãos - que os livra do inferno: o batizado “benévolo” - o batizado que protege o carro de desastre, sinistro. Isso mesmo. O afamado batismo benevolente acontece aqui no Maranhão; os católicos (não garanto que não tenha crente nisso aí), levam seus carros novos à Basílica de São José de Ribamar na cidade do mesmo nome, 30km de São Luis, para o batismo eclesiástico. Na cerimônia, com todos os fatos protocolares de um batizado católico romano, o padre ordena a abertura do capô, e, com o motor a amostra, o carro novo receber o batismo com água benta (claro) na presença dos familiares.

O batismo tem reconhecimento tão pujante que se aconselha (entre os católicos?), não aproveitar o carro novo, mesmo estando no seguro (porque seguro não evita...) sem antes ser levado à presença do vigário para o batizado ecumênico. Não sabemos entretanto se a ação batismal protege também o carro de risco, saque, estelionato, roubo e outras maléficas do modelo.

O carro, de há muito supriu o cachorro na responsabilidade de melhor amigo do homem. Se você duvida, lhe pergunto, você já batizou seu cão? Não? Então... O carro tem bancado muito a nossa vivência. Isto justifica os cuidados. No entanto, diferente do velho amigo totó; não há nenhuma tristeza com o carro quando ele envelhece; até contradigo, são trocados na fase amadurecida para não ocorrer à indesejada idade avançada que é penosa não para alma, mas para o bolso do dono.

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