O ministério das pequenas coisas


Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. Jesus sabia o que estavam pensando. Pegou então uma criança, colocou-a junto de si, e disse a eles: «Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois, aquele que é o menor entre vocês, esse é o maior.» (Lc. 9:46-48).

Leonardo Boff, durante a Eco-92 no Rio de Janeiro sob forte pressão de autoridades do Vaticano presente no evento, teve que tomar , de imediato, uma decisão dolorosa – a de deixar o ministério sacerdotal e se auto promover ao estado de leigo. Quando Boff compartilhou sua decisão com um amigo que estava hospedado no mesmo hotel, este lhe fez a seguinte pergunta - Você continuará o mesmo com a opção pelos pobres? Ele respondeu positivamente, então replicou o amigo, tudo bem o melhor do Cristianismo está salvo. E fez a seguinte observação: a momentos na vida que para continuarmos o mesmo temos que mudar. Você teve a coragem de mudar para continuar o mesmo de sempre, concluiu.

John Ortberg, pastor em Chicago contou que passou um longo período viajando, com muitas reuniões e palestra. Estava exausto. Analisando o fato de não dispensar nenhum convite, viu que sua vida estava sendo regida pela ”grandiosidade” assim, temia que as oportunidades cessassem e se tornasse menos importante.

Ser simples em nossas ações não quer dizer ser infantil visto que as coisas populares ou favorecidas demais sempre são de naipe mundanas. É óbvio medir grandeza pelo número de pessoas que a gente consegue envolver quando se está coordenando certos serviços. Para compreender o messianismo de Jesus é preciso mudar a idéia que se tem a respeito do poder. Enquanto persistir entre nós o desejo do poder que domina, não haverá possibilidade alguma de construir o Reino de Deus.

O comandante Fidel Castro certa vez disse: “às vezes temos que trocar de trincheira, mas nem por isso mudamos de luta. Muda-se de caminho mais não de direção.” Super-Pastores vendem suas almas para alcança o sucesso. A tentação sempre vai está presente: “Quem é o maior” Enquanto a espiritualidade de Jesus deixa-nos sem saber o que pensar quando nos chama a entregar-nos àqueles que não vão nos trazer status ou poder algum. Simplesmente chama-nos a ajudarmos as pessoas, se possível até os que nos odeiam como o amor que inclui a todos e que busca o bem de todos (Mt.5:48).

Tem um ditado que diz: compre as pessoas pelo que elas valem. E venda-as pelo preço que elas pensam que valem. Entretanto nenhuma realização ou ganho pessoal pode trazer posição espiritual. Não tenha medo de perder o sucesso pela sua busca em ser íntimo com Deus (Fl. 3:7). É preciso mudar para continua o mesmo, do contrario sua vida vai se tornar uma competição ridícula.

Pequenas coisas realizadas com alegria espontânea sem pensar, nos fazem entender que deixamos de chamar a atenção de nós mesmo, desta forma colocamos de lado o credito dos elogios e o luxo de ser paparicado. Em fim menos viciado em ser o tal. Jesus se esvaziava com o serviço e dependia do poder que vinha do Pai.
É preciso está disponível para as pequenas coisas que não estão em nossa agenda tão importante.

Luiz Clédio

Jul2006

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